NANOBIOSSENSOR
Com o advento da nanomedicina surgiu uma abordagem promissora para a detecção de vírus, que são os nanobiossensores, que apresentam ao menos três componentes: um bioreceptor, um transdutor e um detector. Dentre os bioreceptores, os anticorpos vêm sendo empregados no preparo de imunossensores, uma vez que são capazes de entregar uma resposta específica e sensível com relação a um antígeno.
Os Nanossensores são dispositivos nanométricos que desempenham um papel fundamental na detecção rápida e precisa de vírus, incluindo arbovírus. Compostos por bioreceptores, como anticorpos IgG, transdutores como nanopartículas de ouro (AuNPs) e detectores para medir o espalhamento de luz das AuNPs, esses dispositivos permitem uma detecção sensível e específica.
Em comparação com técnicas tradicionais, como PCR, eles oferecem uma alternativa mais
acessível e rápida. A aplicação bem-sucedida desses nanossensores, demonstra seu potencial para identificar antígenos específicos de arbovírus, contribuindo para o controle e tratamento eficaz dessas infecções.
O ciclo de transmissão dos arbovírus envolve sua replicação em células de hospedeiros e de vetores, como insetos. O projeto busca testar compostos moleculares com potencial antiviral, como o diterpeno dolabelanotriol e compostos organosselênio como ebselen, ethaselen e ALT2074. Também se concentra na hibridação molecular, combinando núcleos funcionais para aumentar a eficácia antiviral.
Além disso, exploram-se nanocápsulas, nanopartículas que carregam fármacos, com potencial para fornecer tratamentos mais eficazes para infecções virais. A pesquisa envolve a síntese de pilararenos, moléculas macrocíclicas, para criar essas nanocápsulas, com a colaboração de especialistas em físico-química de polímeros para caracterizá-las.
As nanocápsulas são uma classe de nanopartículas com dimensões de 10 a 100 nm compostas por duas partes distintas: uma casca protetora (geralmente um polímero natural ou sintético) e um núcleo contendo um fármaco de interesse. Elas apresentam aplicações de elevado interesse na área de nanomedicina, especialmente em sistemas de entrega de fármacos. O uso desses sistemas apresenta algumas vantagens como o impedimento da degradação prematura de alguns fármacos, melhor biodisponibilidade de drogas pouco solúveis, liberação controlada no sítio de interesse, menor concentração plasmática do princípio ativo e redução dos efeitos adversos.

Essas abordagens promissoras buscam desenvolver tratamentos mais eficazes contra arboviroses.